Como é bom ligar na telecine no intervalo de um filme para o outro. Melhor ainda quando a próxima atração é tão boa quanto ‘ Pequena Miss Sunshine’; tive a sorte de assisti-lo pela segunda vez hoje, em pleno feriado. O road-movie da garotinha simpatica que parte com sua família nada convencional para um concurso de miss na Califórnia, oscila entre o drama e a comédia sem cair no pieguismo e na escatologia hoje tão comuns nesses gêneros. Como imaginar uma família tão bizarra e politicamente incorreta (e MUITO adorável) num concurso de miss bem chatinho cheio de regras? O que uma garotinha sem os padrões de beleza das demais participantes faria num concurso desse? Padrões de beleza. Padrões de comportamento.Padrões. Padrões. Todos em busca dos padrões. “A vida é um concurso de miss” afirma um dos personagens. Deve-se seguir modelos de comportamento, de vestuário e de beleza para fugir do rótulo de fracassado e alcançar o sucesso. A história mostra que a união de uma família em torno de um objetivo comum e muito mais forte que todas as buscas de status social num mundo de aparências. Viva a exentricidade da família. Viva um dos filmes mais adoráveis que surgiram nos últimos anos
Ps:. Não gosto dessas comparações Pequena Miss Sunshine x Juno. Certo que ambos são filmes de baixo orçamento que fizeram sucesso e que possuem personagens ‘ normais’ ‘ reais ‘ tratados de forma sensível. As comparações podem até existir, mas sem essa de dizer qual é o pior, qual é o melhor. Ainda não assisti ao Juno, mas semana que vem ele não me escapa!Se por acaso eu vier a compará-los prometo fazer da melhor forma.